Mudanças reveladas pela pesquisa Gartner impactam os negócios em todo o mundo.
2022 é o ano que marca o início de uma mudança nas prioridades dos CEOs, conforme revela a pesquisa anual do Gartner com CEOs e executivos de negócios. Pessoas, propósito de negócios, preços e aumento de produtividade são os temas em pauta que ajudarão líderes executivos a definirem estratégias no período pós-pandemia e para os próximos anos. Em um mundo de tantas variáveis, a necessidade de olhar adiante é ampliada. Se esta também é uma preocupação ao seu negócio, acompanhe nosso conteúdo para se preparar para as transformações.
Enquanto as tendências sociais se alteraram, também foram expostas as fragilidades das cadeias globais de suprimentos. Entre os fatores macroeconômicos que causam preocupação entre os CEOs está a invasão russa na Ucrânia e o retorno da inflação que impactam o bolso e influenciam diretamente no futuro dos negócios. 62% dos CEOs acreditam que a inflação é um problema persistente e, diante da situação, o aumento de preços e o foco em melhoria na produtividade são significativos.
Não bastassem os desafios externos, algo mais próximo causou grande impacto. A busca pelo equilíbrio entre a vida pessoal-profissional dos colaboradores, evidenciada de forma tão abrupta pela pandemia, resultou em uma demanda maior dos empresários sobre a retenção e aquisição dos talentos.
Emergencialmente, mais contratações e aumentos salariais foram alternativas, mas, em longo prazo, os CEOs também pretendem reavaliar a questão da sustentabilidade ambiental como prioridade para as companhias. Trabalho, processos, visão de negócio e modelo de gestão estão em constante reavaliação por líderes empresariais e devem se tornar cada vez mais tendências.
Se a resistência à mudança de mentalidade é o fator que mais atrasa os avanços tecnológicos, revisitar culturas organizacionais, incluindo a adesão ao processo de transformação digital, rende uma vantagem competitiva frente à concorrência. No caso, de sobrevivência a quem se encontra em um momento de analisar os negócios para ganhar mercado nos próximos anos.
Mas como se diferenciar neste ambiente de concorrência tão acirrada? Para gerar bons negócios, os indicadores revelam que a oferta de produtos e serviços diferenciados, com um toque de personalização, garante espaço no mercado. Explorar este diferencial para que o público enxergue o que existe de único em sua marca agrega valor.
Como já citamos, uma das mudanças provocadas pela pandemia e que deve se perpetuar no cenário pós-pandemia está o modelo de trabalho híbrido, que combina o serviço prestado em home office (remotamente) e presencial. Segundo dados da pesquisa, 55% dos CEOs reconhecem que a mudança comportamental que se estabeleceu ao longo da pandemia deve continuar nos próximos anos, trazendo novas preocupações com a cultura corporativa e produtividade.
Falando em tecnologia, sua associação à produtividade sempre foi oportuna, porém, nos últimos anos esteve relacionada aos esforços digitais em marketing e vendas, inovação de produtos e experiência do cliente. No cenário futuro, o novo foco tecnológico em produtividade inovadora – não apenas incremental – provavelmente será decisivo para controlar a inflação mundial a partir de 2022.
A produtividade está na lista entre as cinco principais prioridades estratégicas de negócios dos CEOs. Para isso, novamente é necessário adaptar-se às mudanças, sem perder tempo com conceitos que demoram anos para gerar resultado. O investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), que garante melhores resultados para organizações através de novos produtos, deve ser a menina dos olhos dos empresários.
Em um cenário de tantos desafios, a retenção de talentos se torna mais um tema abordado com prioridade para CEOs até 2023. A explicação está na necessidade que os CEOs se envolvam cada vez mais nos negócios quando as atividades não podem ser delegadas na totalidade. Pesquisa do Gartner revelou que 49% dos CEOs globais concordaram que “é muito difícil encontrar e contratar os profissionais qualificados que suas empresas precisam.” O panorama reforça que a área de recursos humanos vem assumindo uma posição mais estratégica e menos operacional, também graças à adoção das tecnologias que automatizam processos.
A sustentabilidade entrou no ranking não somente pela preocupação dos CEOs, mas também com a pressão de clientes, investidores (74% dos CEOs concordam que o aumento do esforço ESG atrai investidores para suas empresas), reguladores e funcionários. As transformações digitais e a sustentabilidade devem atuar de maneira combinada, envolvendo descarbonização e mudanças na economia circular para novos produtos e modelos de negócios, otimizando a cadeia de suprimentos, associando desenvolvimento econômico a um melhor uso dos recursos naturais e com menor dependência de matéria prima virgem e maior reciclagem.
Analisando todos os pontos apresentados, notamos que a aceleração digital será conquistada através do compromisso das empresas com a transformação. Esta capacidade envolve, entre outros pontos, liderança transformadora, cultura de crescimento, ambiente de alta performance e senso de propósito em todos os níveis.
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