Previsões IDC Brasil 2023: confira quais tecnologias devem movimentar o mercado

Entenda quais são as tendências do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação que serão responsáveis por um crescimento do mercado.

As previsões estão moderadamente otimistas para TI e Telecom em 2023. É o que revela o estudo IDC Predictions Brazil divulgado antecipando as tendências e movimentos do setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação).

Segundo Luciano Ramos, Country Manager da IDC Brasil, "o cenário de otimismo moderado do segmento de TI em 2023 se deve a ajustes e redirecionamentos de gastos, enquanto Telecom será puxado pela crescente importância da conectividade e avanço da nuvem e do 5G". Vamos explorar a seguir as 10 tendências do mercado de TI e Telecom de acordo com o IDC Brasil.

1. Cloud exigirá mais controle sobre uso e gastos

Os investimentos em tecnologia estão seguindo por um novo rumo pautados por um maior controle nos gastos e isso também influencia os ambientes em cloud. A importância de simplificar a gestão de negócios, mantendo a conectividade de ambientes híbridos, assim como multicloud, devem se destacar nos investimentos.

No Brasil, os gastos com IaaS (Infrastructure as a Service) e PaaS (Platform as a Service) somados passarão da marca de US$ 4,5 bilhões, um aumento de 41% em relação a 2022. Otimizar e reduzir custos de nuvem por meio de automação e pelo avanço do FinOps é algo a ser considerado por 93% das empresas consultadas pela IDC.

Em paralelo, pautas ligadas a ESG (Environmental, Social and Governance) ganham cada vez mais espaço e cloud tem tudo a ver com o tema. A preocupação do uso de determinada tecnologia e o quanto ela minimiza o impacto ambiental, demandando mais ou menos dos recursos naturais, é algo que contribui para a imagem da organização, assim como nos resultados da ESG.

2. Laços fortalecidos na virtualização

O avanço na transformação digital inclui a necessidade de habilitar novas funções de TI – como BSS (Business Support Systems) e OSS (Operations Support System), digitalização de atendimento, aspectos data-driven, implementação de redes 5G, e elevação da conectividade nas empresas.

A mudança altera a arquitetura das redes de telecomunicações, assim como o relacionamento entre companhias do setor (Telcos) e provedores de Cloud. Luciano Saboia, diretor de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da IDC Latin America detalha: “Com o fortalecimento dos laços entre provedores de nuvem e Telcos, esperamos um aprimoramento da transformação digital dessas empresas, que devem assumir algumas das tarefas necessárias nesse novo momento. Nos próximos 5 anos, o consumo de nuvem pelo segmento de Telecom crescerá, em média, 35,2% em IaaS e 42,2% em PaaS anualmente”.

3. Wireless first se consolida

Enquanto a hospedagem de aplicações em nuvem já é uma realidade, a tendência é que o wireless first se consolide diante da implementação do Wi-Fi 6 e da conectividade 5G. A IDC espera que, já em 2023, o mercado de Wi-Fi 6 tenha um crescimento de 17% em decorrência da implantação de tecnologias emergentes, como IoT e AI.

O protagonismo das redes sem fio impulsiona o uso de serviços gerenciados, reduz a pressão nos times internos e habilita uma rápida adoção de tecnologias e boas práticas. Para cumprir esse propósito, as redes wireless devem ir além de garantir apenas a cobertura e taxa de transferência, mostrando a resiliência para atender o aumento de usuários e dados trafegados.

4. Nova onda de conectividade no ecossistema de tecnologia

As redes privativas móveis, habilitadas pelo 5G, abrem espaço para o desenvolvimento de aplicações aprimoradas de IoT (Internet of Things), AI (Artificial Intelligence) e ML (Machine Learning) no Brasil.

A nova geração de conectividade traz grande expectativa de transformação, incluindo novas possibilidades de receitas no setor geradas a partir das redes privativas móveis. Por consequência, os impactos serão sentidos em verticais como cloud, segurança, armazenamento, gerenciamento e análise de dados, assim como outros serviços gerenciados necessários para aplicações mais complexas, como IoT, AI e ML.

5. Modernização através de aplicações em nuvem

Investimentos estratégicos no modelo SaaS (Software as a Service) devem chegar a cerca de 29% das empresas. O desafio dos negócios está em evitar que as soluções adquiridas isoladamente não se comuniquem, inclusive a falta de integração de sistema legado, aumentando os custos de conectividade e causando prejuízos. Segundo o estudo da IDC, o mercado de software deve crescer 15,1% em 2023, puxado por soluções de segurança, gestão de dados, AI e CX (Customer Experience).

6. Automação inteligente estará em foco nos orçamentos

Os processos de automação e RPA (Robotic Process Automation) serão estratégicos em iniciativas que envolvem TI para 20,5% das empresas brasileiras de grande porte. O investimento em AI será o terceiro maior, apenas atrás de cloud e segurança. De acordo com a IDC, o Brasil deve ultrapassar US$ 1 bilhão de gastos em 2023 com essa tecnologia, um aumento de 33% comparado a 2022.

7. Segurança de dados é prioridade

Se tem um assunto que preocupa a maioria dos executivos de TI no Brasil (53,6%) é a segurança, especialmente quando falamos em nuvem. Com a descentralização dos dados, manter informações em sigilo e em confidencialidade é um desafio.

“Agora, seja via chat, WhatsApp, e-mail ou outra ferramenta, a informação vai trafegar vários quilômetros, e o dado sensível e confidencial estará espalhado em muitas nuvens”, explica Pietro Delai, diretor de Pesquisa e Consultoria de Enterprise da IDC Latin America.

Para mitigar a escassez de profissionais, soluções de maior cobertura com implementação e manutenção menos complexas ganharão a preferência no mercado. No Brasil, os gastos com soluções de segurança devem atingir US$ 1,3 bilhão em 2023, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior.

8. Mercado de devices estará aquecido

A falta de produtos e insumos deve ficar para trás, o que traz mais segurança ao mercado. Enquanto 2022 não foi um bom ano para desktops, notebooks, tablets, feature phones, smartphones, impressoras, multifuncionais, monitores e wearables, 2023 deve surpreender.

Apostando no crescimento do consumo das famílias, a IDC estima que o mercado brasileiro de Devices gere a soma de US$ 21,5 bilhões nesse ano. No topo da lista estão os smartphones somando US$ 13 bilhões, seguido por computadores com US$ 5,8 bilhões e, em terceiro lugar, os Wearables com US$ 882 milhões.

9. Mudança na dinâmica de venda de devices

Para alcançar os números citados anteriormente, a previsão é de acentuar uma tendência na dinâmica de vendas de devices com o varejo online perdendo espaço para o varejo físico (apesar da expansão de e-commerces).

O motivo é a flexibilidade da negociação e da retomada do hábito de compra presencial dos brasileiros no período após o auge da pandemia. A IDC estima que os varejos físicos e online gerem US$ 10 bilhões e US$ 5 bilhões, respectivamente, em 2023.

10. Relação entre devices e ESG

As práticas sociais, sustentáveis e de gerenciamento dos fabricantes ou canais de distribuição de devices são vistos pelas empresas nacionais e multinacionais como diferenciais competitivos no mercado.

Quanto maior for o alinhamento entre produtos e serviços diante de questões como créditos de carbono, uso responsável dos recursos, Device as a Service alinhado ao ESG, logística reversa e economia circular, maiores são as chances de sucesso para os negócios.

A IDC estima que 5% das vendas de devices para empresas B2B serão concluídas em 2023 por respeitarem conceitos ESG, o que significa algo em torno de US$ 250 milhões.

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